Porções do Evangelho:

Palavra da Vida

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Apresenta-te aprovado






“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”

É necessário que o ministro do evangelho seja preparado para pastorear o rebanho de Deus. O pastor pode ser um ótimo líder, pessoa presente, amável, prestativo, solícito, essas coisas são muito boas e necessárias, mas se ele não for versado nas Escrituras as ovelhas de seu pastoreio serão guiadas para lugares incertos e perigosos.

Paulo orienta, através de carta, o seu discípulo e jovem pastor Timóteo a manejar bem as Sagradas Escrituras. O apóstolo entende que esta condição é uma dentre tantas que tornam o ministro do evangelho aprovado. O pastor deve manejar bem a Palavra de Deus, ele deve ser preciso e coerente enquanto pastoreia as ovelhas do Senhor. Quando esse manejo não é preciso o povo, mal instruído, padece. Doutrinas espúrias que assolam a igreja cristã hoje nasceram dentro das próprias igrejas e são fomentadas pela falta de coerência no ensino bíblico.

O anti-intelectualismo é uma vertente que igreja cristã defende, porém esse não é um princípio bíblico. John Stott já afirmou há alguns anos que Crer é também pensar. Essa onda tem muito a ver com a grande importância que se dá às experiências, pois o valor do empírico, associado ao pragmatismo, subjetivismo e relativismo tem suplantado o estudo e ensino da palavra da verdade.

É interessante notar como os argumentos contrários à capacitação formal de ministros do evangelho são fundamentados. A vocação e o chamado dos pastores são colocados num patamar inferior no que diz respeito à formação acadêmica. A aquisição do conhecimento formal é desnecessária, opcional e frequentemente soa pejorativo. O senso comum é que as faculdades teológicas e os seminários fazem mais mal do que bem.

Todavia esse não é um argumento válido para quem precisa se submeter aos cuidados de um médico neurocirurgião que, julgou desnecessário obter a formação acadêmica necessária, seguida do reconhecimento e liberação do exercício da profissão pelo conselho regional de medicina. Ninguém, em sã consciência, confiaria seu corpo a este indivíduo, mesmo que este pseudo-médico tivesse plena convicção e argumentos plausíveis do seu chamado e vocação. Se não confiamos o nosso corpo a uma pessoa despreparada porque o fazer com nossas almas?

Temos ainda que a responsabilidade pela falta de conhecimento do povo de Deus recaí sobre seus líderes. Encontramos isto no verso abaixo:

O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” Os 4:6

O povo é sim co-responsável, mas o sacerdote é chamado a buscar o conhecimento e entendimento da lei santa do Senhor, e a partir daí instruir e guiar aqueles que Deus separou para si.

Enfim, a responsabilidade do pastor é muito grande, pois a ele foi confiado o tesouro particular do Senhor Jesus Cristo. Os ministros do evangelho devem reconhecer isso e buscar capacitação teológica para manejar bem a Palavra da Verdade, para então cumprir com excelência esta santa vocação. Desta forma creio que seremos aprovados e ouviremos naquele precioso dia: servo bom e fiel; entra no gozo do seu Senhor.

Saudações em Cristo,

Cláudio Maranhão

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