Porções do Evangelho:

Palavra da Vida

terça-feira, 14 de maio de 2013

Templo ou Night Club?




Diferente do que aconteceu na Europa, muitos dos nossos templos não precisam ser vendidos para que os edifícios sejam transformados em boates, eles já o são. O aumento do nível de secularização da igreja brasileira é notório e avança a cada dia. No afã de encher os templos, como se encher o templo fosse um fim em si mesmo, são exploradas práticas como apresentação de bandas que cantam de tudo (menos Bíblia), stand up, teatro, jogos, atos proféticos (leia heréticos), dentre outros, a lista é extensa, mas por ora basta. Essas práticas fomentam um ambiente que remete claramente a locais dedicados ao prazer, anseio e contentamento humano e, não raro, à Night Clubs. Neste contexto a Palavra de Deus, quando muito, assume o posto de coadjuvante.

Alguns elementos acima têm o seu valor e utilidade para entretenimento, comunhão, lazer, ou como manifestação artística, por exemplo, apresentações musicais, teatro e balé. Outros são pura heresia, por exemplo, atos proféticos. Não vou entrar no mérito específico, mas com certeza não são elementos de culto público, basta ver as instruções apostólicas para a igreja. Quando a principal preocupação é tornar o ambiente interessante, acolhedor e aconchegante ao ponto de manter o ímpio na igreja sem que o mesmo seja confrontado pela Verdade Divina, evidencia-se que a capacidade da igreja de salgar e iluminar o mundo está se esvaindo.

Cada vez mais pessoas se autodenominam cristãs, mas o reflexo desse grande volume de conversões em forma de transformação na sociedade ainda não chegou. Como disse Spurgeon em um dos seus sermões:

“Nos dias de hoje, é muito comum alguém tornar-se membro da Igreja. Recentemente, em nosso país, muitos se filiaram à Igreja, mas isso significa que hoje há menos enganadores que antes? Menos fraudes são cometidas? A moralidade tem aumentado? Vemos os vícios diminuir? Não, não vemos nada disso. Nossa geração é tão imoral quanto qualquer outra que nos precedeu. Existe o mesmo tanto de pecado, embora talvez hoje ele seja mais disfarçado.”

É preciso avaliar se o que importa é realmente encher os templos de pessoas que estão buscando contentamento, prazer e satisfação momentânea no lugar de fruto perene através da cruz de Cristo. A liderança dessas igrejas, em grande parte, se esqueceram que o chamado de Deus é eficaz, que todo aquele que o Pai dá ao Filho jamais será lançado fora (Jo 6:37), que é Deus que escolhe, não o homem (Jo 15:16), de maneira que a exposição fiel da Palavra de Deus é suficiente para que o homem creia e receba a vida eterna (Rm 10:17), deve ser proclamada a toda a criatura em toda a face da terra (Mc 16:15, Rm 10:14), mas quem convence e acrescenta ao número dos salvos é o Espírito Santo de Deus (Jo 16:8), não dependendo assim da mundanização para atrair alguém.

Quando entendermos isso é bem provável que perderemos menos tempo com o que é periférico para buscar o que está no cerne, deixaremos o que embaça a visão para aceitar o que tira as escamas completamente, abriremos mão daquilo que aprisiona para receber o que liberta eternamente, nos oporemos ao que dá falsa sensação de segurança para anunciar o que salva e redime o pecador de uma vez por todas.

Como verdadeiro povo eleito de Deus, voltemo-nos a pregação da sã doutrina e proclamemos o verdadeiro Evangelho, convictos que Deus acrescentará os salvos diariamente à Sua igreja.

Saudações em Cristo,

Cláudio Maranhão

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