Por Daniel R. Hyde
“Qual é o fim
supremo e principal do homem?”
Esta é a nossa pergunta principal e deveria ser o
coração de quem nós somos, pensando nisso diariamente. Ter um “fim principal”
quer dizer nós fomos feitos para alguma coisa, que nós temos um propósito
principal na vida. Temos um “fim elevado”, em meio a muitos objetivos e
atividades de nossas vidas.
O Catecismo Maior de Westminster diz que nosso
principal e maior fim é duplo: “Para glorificar a Deus” e “para nos alegrar em
Deus”. Isto é o que Pedro entendeu quando disse que éramos “edificados casa
espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pe 2:5 ) enquando disse “sois raça eleita, sacerdócio real,
nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as
virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz ” (1 Pe 2:9).
Nosso
principal objetivo
Este é também nosso principal objetivo. Nossos
antepassados foram animados pela frase SOLI DEO GLORIA (a glória só para Deus).
Isso diz à pergunta “por que eu existo” que nós não existimos para nós mesmos,
para nossas necessidades, nossos prazeres ou nossos desejos.
Nós existimos para glorificar a Deus mesmo antes de recebermos
qualquer coisa dEle. Isso é o que o Salmo 29 ensina quando diz: “Tributai ao
Senhor a glória devida ao seu nome” (v.2a). Literalmente essa frase em hebraico
é “a glória para seu nome”, mas a tradução diz “a glória devida ao seu nome”
porque esta é uma interpretação precisa para o que é ordenado.
Mas o que significa “glorificar” a Deus? A palavra
hebraica kavod freqüentemente
significa pesado ou de peso. A peso de ouro, por exemplo, vem a significar que
é honrado. Para glorificar a Deus, então, deve-se considerar o supremo valor de
quem Ele é, para então magníficar e exaltar Seu nome acima de todos os outros
como o caminho para honrar a excelente dignidade da sua grandeza. Nós somos
chamados para reverenciar, honrar, e engrandecer o nome do Senhor, Deus Pai,
Filho e Espírito Santo.
Pensamentos
Temos que glorificar a Deus com nossos pensamentos.
Pedro nos diz, “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios” (1 Pe 1:13). Nossa adoração a Deus começa com a
cabeça, desce para o coração, e então move-se para as mãos. Davi diz, “Meditarei no glorioso
esplendor da tua majestade e nas tuas maravilhas” (Salmo 145:5). Com qual frequência você pensa a respeito de Deus?
Você para e pensa em tudo o que Ele tem feito?
Palavras
Temos que glorificar a Deus nas nossas palavras. O
trabalho de Cristo nos fez um sacerdócio real para este propósito: “a fim de proclamardes as
virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Pe 2:9).
Ações
Temos que glorificar a Deus nas nossas ações. Em
Efésios 2:10 nos lemos: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para
boas obras, as quais Deus antes preparou, para que andássemos nelas”. Nosso Pai
celestial nos tomou, torrões de barro sem vida, e nos fez uma obra-prima para
trazer-lhe glória. Paulo fala que nossas ações são feitas para a glória de Deus
quando diz, “apresentem seus corpos como sacrifício vivo” (Rm 12:1). Pedro diz
“mantendo
exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam
contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras,
glorifiquem a Deus no dia da visitação”
(1 Pe 2:12). Note que, como glorificamos a Deus em nossas ações, Deus usa estes
frutos do Espírito Santo para fazer com que o mundo glorifique a Deus.
Nossa alegria
principal
Esta é também nossa alegria principal. Se alegrar em
Deus significa ter um relacionamento com Ele. O Catecismo Maior não diz
simplesmente que nós devemos nos alegrar em Deus, mas que nós temos que nos
“encher de alegria nEle para sempre”. Como o grande Benfeitor da aliança da
graça, Deus nos deu a si mesmo com todos os benefícios para nossa alegria. Nos
alegramos em Deus no nosso presente estado de graça como em um vidro embaçado,
mas nós desejamos nos alegrar nele no estado de glória futuro face a face.
Agora nesta era de peregrinação; depois na era de eterno descanso. Primeira
carta de João 3:2 diz, “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se
manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar,
seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”.
Porque
eu existo? Eu existo para dar ao Deus que me criou glória com todo o meu ser
porque ele se deu totalmente para mim. Eu também existo para me alegrar neste
Deus Triúno, nesta vida pela fé, mas na vida que está por vir em plenitude.
Como João Calvino disse, “Somos de Deus; logo, que sua sabedoria e vontade
presidam a todas as nossas ações. Somos de Deus; logo, que todas as expressões
de nossa vida se polarizem para ele como a um só fim legítimo” (Institutas
3.7.1).
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