A
mercantilização do evangelho é fato, mas cabe a seguinte ponderação: Está
errado quem cobra o cachê, quem paga ou quem é conivente?
Problemas
advindos desta prática tem nos assolado, tirado a paz e o foco da pregação pura
e simples do evangelho, contudo não vou me aprofundar, principalmente porque
não me considero apto, quero apenas ressaltar alguns pontos.
Exemplo,
os irmãos (ainda inocentes) escandalizados que estão se fazendo a seguinte
pergunta: “Mas cobra-se cachê para pregar ou cantar na igreja!?”, pois tal
aberração nunca passou pela cabeça dos mesmos, alguém pregar ou cantar porque
tem um objetivo financeiro por trás, de maneira que transformação de vidas pela
Verdade Viva, da qual tais “ministros” deveriam ser porta vozes, fica em
terceiro ou quarto plano.
Se
Jesus mandou dar de graça o que de graça recebemos (Mt 10:8-11), quem autorizou
a cobrar caro para repartir? (Nós sabemos o nome dele) Todavia não devemos
tampar o sol com a peneira, visto que a prática está amplamente difundida, e o
está porque existem pessoas que são instrumento para a manutenção da mesma, ou
seja, são coniventes.
Sou
a favor de ofertas voluntárias e não de valores pré-tabelados para cada tipo de
ocasião (culto, congresso, conferência internacional) e quantidade de pessoas
(100, 300, 1.000, 10.000). Acredito que Deus assiste aos santos em todas as
suas necessidades e se preciso for levanta, voluntariamente, pessoas para
abençoar ministros e ministérios, mas de forma alguma para esbanjamento e extravagâncias,
pois foi assim com Jesus, que enquanto esteve entre nós teve muitos que cooperaram
financeiramente sem que Ele tivesse que pedir um ceitil sequer.
Não
tenho nada contra as pessoas que prosperam e acumulam patrimônio de forma
idônea e através de trabalho, mas ainda sim aprendemos por meio da mordomia cristã
que tudo que temos e somos é na verdade dEle, por Ele e para Ele. Enriquecer e
levar vida de marajá à custa da pregação do evangelho nunca foi e nunca será
embasado no que Jesus nos ensinou. Quando a motivação do coração não converge
para a vontade de Cristo cabe aos que defendem verdadeiramente o evangelho ter
a mesma postura que Pedro e João tiveram para com o feiticeiro Simão (At 8:9-25).
Tudo
tem um custo, equipamentos, logística, roadies,
técnicos de som, músicos, instrumentos, mas um $how Gospel dificilmente custará
ao “ministro de louvor” 50, 70, 100 mil reais. Um pregador dificilmente terá um
custo de 10, 20, 30 mil reais para falar durante 1 hora diante de uma platéia.
Talvez a brecha da cobrança tenha nascido da venda dos ingressos a preços
abusivos para congressos, conferências e etc., daí o raciocínio é muito rápido:
“tantos reais para tantas pessoas da um total de tantos reais, então eu quero a
minha fatia que é de tanto”. Deu no que deu.
Se
os tais “ministros” querem cobrar deve-se assumir logo uma postura de mercado para
venda de palestras e prestação de serviço de entretenimento musical. Desta
forma os termos mudam de ministros, profetas, pregadores e evangelistas para
artistas, palestrantes ou animadores de platéia, mas a cobrança é devida e
Jesus não fica com a conta.
Se
escrevesse 1000 artigos o tema não seria exaurido, principalmente por todas as
nuances apresentadas pelo mesmo e também porque eu não transito em meio ao $how
Business Gospel.
Para
ratificar deixo clara a minha posição:
Sou contra o cachê, não cobro e não pago.
A graça do nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós.
Cláudio
Maranhão
Amém meu irmão, agradeço a Deus por sua vida! Que você não um exemplo a seguir; mas sim um exemplo que segue a Cristo!
ResponderExcluirShalon!
Renato Gomes
(2 de março de 2012 03:43)
ResponderExcluirMuito bacana saber seu ponto de vista sobre este tema tão delicado.
Abraços,
Fabrício
(2 Mar 2012 11:23:47)
ExcluirFala Fabrício,
É isso aí cara, fui chamado para mostrar às pessoas a verdade do evangelho e não um conjunto de regras para beneficiar o interlocutor.
Abraços em toda a família,
Cláudio
Sensacional este artigo, Deus se agrada, quando levamos a verdades a outras pessoas,somos indesculpáveis. Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
ResponderExcluirParabéns Cláudio. Suas palavras são super transparentes. Há várias pessoas como eu que acredita na salvação da palavra (Jesus) e precisa de fundamentações mais racionais para crescer na fé... na solidariedade... no bem estar social e da fámilia, enfim, tem Jesus no coração, mas muitas vezes questionam sem encontrar respostas fatos como esse "A mercantilização do evangelho", que apenas enfraquecem a fé. Parabéns pelo arrojo. Cristo vive em nós.
ResponderExcluirAbraço. José Mário
Graça e Paz José Mário,
ExcluirRealmente existem muitas coisas que nos deixam perplexos, mas em todas elas vemos a Palavra de Deus se cumprindo.
Esteja firme, ore, estude, busque à Jesus com tudo que você tem e é, pois tenho certeza que Ele não lhe deixará enganado e o guiará por toda a verdade.
Forte abraço e apareça na Escola Bíblica.
Cláudio
Diz Pr. Clàudio Henrique, que orgulho estou sentindo neste momento de vc e Roseli, não permita que ninguém mude vc, lute pelo que vc acredita, a veracidade da palavra de Deus está ai pra todos que realmente cre.
ResponderExcluirJá fiz um comentario antes no face,sempre me questionei e questionava mt isto tbem na època de Seninario,mas... eu recebi de graça e de graça darei, não tem o que inventar é claro a palavra de Deus, graça è de graça não tem o que cobrar! O preço já foi pago por Ele lá na Cruz.
O mais interessante de tudo que hoje pregar a verdade como está escrito em Jo 8:32;14:6,vc é punido, recebemos retalhações, afinal Ele manda pregar quer queiram quer não veja IITm 4:2.Digo não a este evangelho mercantilizado e mascarado e maquiado pelos "imperios"(gospel.
Ana Maria
Olá Ana,
ExcluirObrigado pelos comentários e que Deus continue nos fortalecendo para que a palavra seja pregada em todo o tempo e local sem qualquer cachê, pois como você disse o preço já foi pago de uma vez por todas.
Como estão as missões no Peru?
Que Deus continue lhe abençoando,
Cláudio