“Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade.”
É necessário
que o ministro do evangelho seja preparado para pastorear o rebanho de Deus. O
pastor pode ser um ótimo líder, pessoa presente, amável, prestativo, solícito,
essas coisas são muito boas e necessárias, mas se ele não for versado nas Escrituras
as ovelhas de seu pastoreio serão guiadas para lugares incertos e perigosos.
Paulo
orienta, através de carta, o seu discípulo e jovem pastor Timóteo a manejar bem
as Sagradas Escrituras. O apóstolo entende que esta condição é uma dentre
tantas que tornam o ministro do evangelho aprovado. O pastor deve manejar bem a
Palavra de Deus, ele deve ser preciso e coerente enquanto pastoreia as ovelhas
do Senhor. Quando esse manejo não é preciso o povo, mal instruído, padece. Doutrinas
espúrias que assolam a igreja cristã hoje nasceram dentro das próprias igrejas
e são fomentadas pela falta de coerência no ensino bíblico.
O
anti-intelectualismo é uma vertente que igreja cristã defende, porém esse não é
um princípio bíblico. John Stott já afirmou há alguns anos que Crer é também pensar. Essa onda tem
muito a ver com a grande importância que se dá às experiências, pois o valor do
empírico, associado ao pragmatismo, subjetivismo e relativismo tem suplantado o
estudo e ensino da palavra da verdade.
É
interessante notar como os argumentos contrários à capacitação formal de
ministros do evangelho são fundamentados. A vocação e o chamado dos pastores são
colocados num patamar inferior no que diz respeito à formação acadêmica. A
aquisição do conhecimento formal é desnecessária, opcional e frequentemente soa
pejorativo. O senso comum é que as faculdades teológicas e os seminários fazem
mais mal do que bem.
Todavia esse
não é um argumento válido para quem precisa se submeter aos cuidados de um
médico neurocirurgião que, julgou desnecessário obter a formação acadêmica
necessária, seguida do reconhecimento e liberação do exercício da profissão
pelo conselho regional de medicina. Ninguém, em sã consciência, confiaria seu
corpo a este indivíduo, mesmo que este pseudo-médico tivesse plena convicção e
argumentos plausíveis do seu chamado e vocação. Se não confiamos o nosso corpo
a uma pessoa despreparada porque o fazer com nossas almas?
Temos ainda
que a responsabilidade pela falta de conhecimento do povo de Deus recaí sobre
seus líderes. Encontramos isto no verso abaixo:
“O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o
conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te
rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste
da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” Os 4:6
O povo é sim
co-responsável, mas o sacerdote é chamado a buscar o conhecimento e entendimento
da lei santa do Senhor, e a partir daí instruir e guiar aqueles que Deus
separou para si.
Enfim, a
responsabilidade do pastor é muito grande, pois a ele foi confiado o tesouro
particular do Senhor Jesus Cristo. Os ministros do evangelho devem reconhecer
isso e buscar capacitação teológica para manejar bem a Palavra da Verdade, para
então cumprir com excelência esta santa vocação. Desta forma creio que seremos
aprovados e ouviremos naquele precioso dia: servo bom e fiel; entra no gozo do
seu Senhor.
Saudações em
Cristo,
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